Ali, bem atrás do armário branco,
Enfeitadinho de tafetá carmim,
Há uma porta, estreita, invisível
Que somente meus olhos vêem.
Por ela apenas eu posso passar,
Assim mesmo em certos dias,
Dias de outono, frescos, claros,
Meus sensíveis dias de outono.
Quando as lágrimas umedecem
Sem me consultar, soltas, fartas,
Vindo em mornas e suaves gotas
Refletir a alma, tão recolhida.
Do outro lado, posso me encontrar,
Me ver, sem as inúteis máscaras,
Sem os enfeites fúteis, disfarçantes.
Livre das argolas e das correntes.
Então, ao retornar, caminho inverso,
Flutuo leve, sobre a estrada tranquila
Que segue serena, quieta e mansa,
Buscando, consciente, meu amanhã.
Enfeitadinho de tafetá carmim,
Há uma porta, estreita, invisível
Que somente meus olhos vêem.
Por ela apenas eu posso passar,
Assim mesmo em certos dias,
Dias de outono, frescos, claros,
Meus sensíveis dias de outono.
Quando as lágrimas umedecem
Sem me consultar, soltas, fartas,
Vindo em mornas e suaves gotas
Refletir a alma, tão recolhida.
Do outro lado, posso me encontrar,
Me ver, sem as inúteis máscaras,
Sem os enfeites fúteis, disfarçantes.
Livre das argolas e das correntes.
Então, ao retornar, caminho inverso,
Flutuo leve, sobre a estrada tranquila
Que segue serena, quieta e mansa,
Buscando, consciente, meu amanhã.
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