”A tempera de uma alma é dimensionada na razão direta do teor de poesia que ela encerra” (Horácio Quiroga)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Perplexidade

Você me olha assim atrevida,
me possui com o olhar doce-pimenta,
desvendando-me muito lentamente,
até saciar-se por completo.

Você me exige audaciosas carícias,
insinua-se, doce, voluptusa
e se chega tomada de sensualidade,
entregando-se aos meus carinhos.

Repentinamente, não a sinto mais!
Sublima-se (um mistério indecifrável),
e, etérea, esvai-se silenciosamente,
ficando no ar um quê de perplexidade.

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