No negrume da madrugada,
o scarpin vermelho chapinha na calçada imunda
o resto da fria chuva caída na noite sem fim.
Na ginga do errante se adivinha o peso da morte
que agora mesmo pousou, fresca e definitiva,
no talho profundo que lhe rasga o ventre.
A luz baça que desce,
faz flamejar irregulares e fugidios filetes carmins,
logo diluídos no torvelinho da sarjeta.
O pouco de vida ainda ginga teimoso
no molhado passadiço do nada,
mas a morte já lhe tem a posse
e dona absoluta do que fora vida,
já abandona o corpo caído,
cujos olhos, abertos, brilham na luz baça, que desce.
o scarpin vermelho chapinha na calçada imunda
o resto da fria chuva caída na noite sem fim.
Na ginga do errante se adivinha o peso da morte
que agora mesmo pousou, fresca e definitiva,
no talho profundo que lhe rasga o ventre.
A luz baça que desce,
faz flamejar irregulares e fugidios filetes carmins,
logo diluídos no torvelinho da sarjeta.
O pouco de vida ainda ginga teimoso
no molhado passadiço do nada,
mas a morte já lhe tem a posse
e dona absoluta do que fora vida,
já abandona o corpo caído,
cujos olhos, abertos, brilham na luz baça, que desce.
Nenhum comentário:
Postar um comentário