Sussurraram-me um dia desses:
Moscou fica logo ali, filho!
Na segunda rua à direita,
duas quadras após a esquina;
a senha certa é “São Basilio”.
Nem liguei, pois em meu peito
já me sorria a São Petersburgo,
cortada pelas águas do Neva;
mas não a Leningrado de hoje,
senão a de Fiódor Dostoiévski.
Esta sim me comove o espírito,
seja na densidade das memórias
ou na angústia do jovem Ródion,
seja no humanismo do príncipe
ou nas dores de Makar e Varvara.
Me encanta esta São Petersburgo
de tão densos personagens;
o Neva, as pontes, os parques,
a chuva, a neve, a miséria visível,
cinzelando meu coração imaturo.
Nota: Quando essa poesia foi escrita, em 1968 a cidade de São Petersburgo, ainda vivia sob o nome de Leningrado.
(Luiz Antonio Vila Flor)
Moscou fica logo ali, filho!
Na segunda rua à direita,
duas quadras após a esquina;
a senha certa é “São Basilio”.
Nem liguei, pois em meu peito
já me sorria a São Petersburgo,
cortada pelas águas do Neva;
mas não a Leningrado de hoje,
senão a de Fiódor Dostoiévski.
Esta sim me comove o espírito,
seja na densidade das memórias
ou na angústia do jovem Ródion,
seja no humanismo do príncipe
ou nas dores de Makar e Varvara.
Me encanta esta São Petersburgo
de tão densos personagens;
o Neva, as pontes, os parques,
a chuva, a neve, a miséria visível,
cinzelando meu coração imaturo.
Nota: Quando essa poesia foi escrita, em 1968 a cidade de São Petersburgo, ainda vivia sob o nome de Leningrado.
(Luiz Antonio Vila Flor)
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