”A tempera de uma alma é dimensionada na razão direta do teor de poesia que ela encerra” (Horácio Quiroga)

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Manhã na boca da barra

Sentado no tombadilho,
olhava a madrugadinha,
com as águas marulhando
              nas bordas da fragatinha.

Cheiro de mar!
vento fresquinho de lado
              balançando a mastreção
              e o sol que chega abrasado.

O albatroz solitário
              Voa ligeiro e distante,
enquanto a marujada
              se dobra no seu talante.

Já se percebe os contornos
              do baixo casario praiano,
mastros balançantes no porto
              e na praia o frajola gaiano.

Quarto então terminado,
é descer à camarinha,
deitar no catre apertado
              e pensar na caiçarinha.

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