Vez por outra eu parava
frente a uma bela livraria
e observava, encantado,
através dos vidros limpos,
aquelas estantes coloridas,
todas abarrotadas de saber.
Mas, tímido, não entrava;
temia que minhas chinelas,
tronchas e empoeiradas
maculassem aquele chão
tão cândido, tão limpinho,
pisado por sapatos elegantes.
Certa vez, quando lá cheguei,
era uma terça-feira chuvosa,
ao olhar as cobiçadas estantes
vi um sujeito todo empoado,
com seu olhar cavo e rutilante,
consultando, ligeiro, os títulos.
Sob um dos braços, observei,
trazia um exemplar novinho
de “O Poder das Idéias”,
o segundo escrito pelo Corvo.
Pensei: até mesmo o diabo
precisa de alguma inspiração.
frente a uma bela livraria
e observava, encantado,
através dos vidros limpos,
aquelas estantes coloridas,
todas abarrotadas de saber.
Mas, tímido, não entrava;
temia que minhas chinelas,
tronchas e empoeiradas
maculassem aquele chão
tão cândido, tão limpinho,
pisado por sapatos elegantes.
Certa vez, quando lá cheguei,
era uma terça-feira chuvosa,
ao olhar as cobiçadas estantes
vi um sujeito todo empoado,
com seu olhar cavo e rutilante,
consultando, ligeiro, os títulos.
Sob um dos braços, observei,
trazia um exemplar novinho
de “O Poder das Idéias”,
o segundo escrito pelo Corvo.
Pensei: até mesmo o diabo
precisa de alguma inspiração.
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